Padre Américo escreveu, escreveu muito e bem. Tem Obra publicada pela Editorial Casa do Gaiato, obra que tem sido um pouco esquecida, ficando à sombra da outra sua Obra, a Obra da Rua, aquela a que se entregou com todas as suas forças.
Sintam o seu estilo, neste pequeno excerto de O Barredo, Lugar de Mártires, de Heróis, de Santos
(...)" Naquele dia, fui pessoalmente colocar sobre os ombros daquela que se queixava de frio no mês de Agosto, um precioso chaile que me deram. Digo precioso porquanto ele foi companheiro e testemunha de uma vida que se apagou aos 94 anos:" O chaile era de minha mãe que morreu com 94 anos". Muito há-de ter dado que falar esta estimada peça de roupa, naquele bairro pobre, aos ombros de uma Pobre, sim. Muito se há-de ter ali falado. O povo conhece e ama a Deus somente pelo bem que nós fazemos uns aos outros; e até aqueles que não conhecem nem amam, começam a ter dúvidas da existência de Deus e sede de O amar. Gostei de ver o semblante extraordinariamente alegre da que se queixava do frio, e da meiguice com que ela apalpa a sua prenda, enquanto diz "ai que quentinho"."(...)
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